Mergulhei num sonho, e nele havia um campo onde as flores da manhã, todas amarelas, cantavam canções de alegria. Tentei cantar mas minha voz, rouca, desafinava. O céu era de um azul prateado como se houvesse luz em suspensão além da luz do sol. Luz que irradiava de tudo. Minha cor destoou da cor. Acima, na colina a relva bailava embalada pelos ventos sempre constantes. Por um instante procurei abrigo mas não havia. Não havia mesmo necessidade de abrigo pois não havia motivo para abrigar-se. Desse campo ganhei uma flor.