Saiba que um dia eu quis Te agradar e te ver feliz Me esforcei, só Deus viu o que fiz Escondi minha própria cicatriz Agora eu quero que se foda Vamos começar pelo fim Vocês exigem meu melhor Mas só despertam o demônio que há em mim Foda-se a paz, como plantar boas sementes Nesse solo infértil que regam com sangue inocente? No mesmo solo onde rastejam as serpentes E os vermes que não ligam se há um filho em seu ventre Eu não me encaixo nesse mundo tão doente Onde vendem o sorriso só pra ter ouro nos dentes Multidão de cegos, não adianta gastar lentes Tem fila até pra morrer e eles não desperdiçam pentes Toque essa merda no meu funeral Por que eu odeio a merda do hino nacional (caralho!) E as vadias que chupam meu pau E as que não chupam por que eu ainda não sou milionário Confiança é uma desgraça, sempre te fazem de otário É, te dão as cartas, mas são donos do baralho Amor é o caminho e eles falam de um atalho Por isso que o conceito de sistema é tão falho Tão raso quanto a ideia do que é liberdade São clones querendo falar sobre autenticidade Vocês foram programados, nem sabem o que é verdade Confundem pastores fingindo, expulsando entidades (porra!) Fizeram uma lavagem cerebral Como se votar no Bolsonaro fosse algo normal (mito!) Ah, tu deve ter um distúrbio mental Logo menos vai querer voltar ao sistema feudal Suave, eu faço a minha, se preocupe com o que é seu Põe dinheiro na tua conta pra dizer que tu venceu Gaste sua vida nisso, brilhe ao sair do breu Pra quando tu chegar lá, ver que sempre será um plebeu (favelado!) Desse jeito mesmo, a sociedade vai Alguém tem que subir, não importa se outro cai Pela herança, trama-se até a morte dos pais No país onde é normal morrer por coisas banais Pelo time que se torce, pelo Deus que se tem fé Pela cor da sua pele, se é Homem ou Mulher Se é direita ou esquerda, o governo é marcha ré Nunca andamos pra frente, roubam tudo o que der Quero me jogar daqui pra não me jogar de um prédio Pra não mais ferir ninguém, pra não sufocar no tédio Pra não exagerar no Álcool e misturar com algum remédio Mas se eu for, escrevam na lápide: Pros falsos, meu dedo médio E por se multiplicar a iniquidade O amor de muitos se esfriará Saiba que um dia eu quis Te agradar e te ver feliz Me esforcei, só Deus viu o que fiz Escondi minha própria cicatriz Agora eu quero que se foda Vamos começar pelo fim Vocês exigem meu melhor Mas só despertam o demônio que há em mim