É difícil ser eu mesmo Penso, logo sou eu Preso nesse corpo Com a mesma cara todo dia A mesma rotina, os mesmos medos A cor dos cabelos, dos olhos, da retina Passando pela mesma rua, olhando os mesmos carros Tomando coca-cola, voltando da escola Indo e vindo Sentindo meus pés, comendo pastéis Correndo da chuva, sou eu olhando no vidro do carro Refletindo a minha face, a mesma face A mesma cara, a vida toda com a mesma cara Hoje sem, mas amanhã cheia de rugas