Balança a saudade no peito A dor pelos meus ancestrais Mulheres (sem voz), sem direitos Guerreiras dos próprios ais Ecoa a voz dos porões, lamento Senzala grita em obediência E hoje à comunidade oprime A luta se faz regime Mas brotam as sentinelas As filhas que pedem liberdade O fim de toda a maldade Eis a voz de todas elas Ainda choram as lágrimas de outrora O meu quilombo é chamado de favela Enquanto o negro continua escravizado Vai sonhando acordado vive uma quimera África pequena fonte que traz recordação Samba vem do terreiro de Ciata Resistência! Na voz o clamor Cantando em versos poemas de amor Orgulho negro se fez imortal Kizomba! É homenagem a Zumbi Iluaê é tradição nagô Pergunte ao criador Quantas lágrimas na tela Tem sangue banto colorindo essa aquarela Negra flor, eis a senhora liberdade! Escrevivência em poesia Num canto negro, um pedido de igualdade Avisa a casa grande É chegada a Abolição Escrita assinada pelas mãos de Conceição Reescreve a história baseada no respeito Contra toda a injustiça Pelo fim do preconceito