Tom: D Intro solo 2x: E|------------------------------ B|------------------------------ G|------------------------------ D|------------------------------ A|---8-----------6-------------- E|-6---6-9-8-6-4---4------------ Bbm O nordeste é poesia, Fm Deus quando fez o mundo Fez tudo com primazia, Bbm Formando o céu e a terra Fm Cobertos com fantasia. Para o sul deu a riqueza, Para o planalto a beleza F E ao nordeste a poesia. (trecho de patativa do assaré). Bbm Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao sudeste Fm Sou rap agreste norte-nordeste epiderme veste Bbm Arranco roupas das verdades poucas das imagens foscas Fm Partindo pratos e bocas com tapas mato essas moscas Bbm Toma! eu meto lacres com backs derramo frases ataques Fm Atiro charques nas bases dos meus sotaques Bbm Oxe! querem entupir nossos fones a repetirem nomes F Reproduzindo seus clones se afastem dos microfones Bbm Trazem um nível baixo, para singles fracos, astros de cadastros Fm Não sigo seus rastros, negados padrastos Bbm Cidade negada como madrasta, enteados já não arrasta Fm Esses órfãos com precatas, basta! ninguém mais empata Bbm Meto meu chapéu de palha sigo pra batalha Fm Com força agarro a enxada se crava em minhas mortalhas Bbm Tive que correr mais que vocês pra alcançar minha vez F Garra com nitidez rigidez me fez monstro camponês Bbm Exerce influência, tendência, em vivência em crenças destinos Fm Se assumam são clandestinos se negam não nordestinos Bbm Vergonha do que são, produção sem expressão própria Fm Se afastem da criação morrerão por que são cópias Bbm Não vejo cabra da peste só carioca e paulista Em Só frestyleiro em nordeste não querem ser repentistas Bbm Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura F Quem não tem cultura jamais vai saber o que é rapadura Bbm Foram nossas mãos que levantaram os concretos os prédios Fm Os tetos os manifestos, não quero mais intermédios Bbm Eu quero acesso direto às rádios palcos abertos Fm Inovar em projetos protestos arremesso fetos Bbm Escuta! a cidade só existe por que viemos antes Fm Na dor desses retirantes com suor e sangue imigrante Bbm Rapadura eu venho do engenho rasgo os canaviais F Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais, toma! Refrão 2x: Bbm Fm Êha! ei! nortista agarra essa causa que trouxeste Bbm Nordestino agarra a cultura que te veste F Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste. Bbm Fm Bbm Minhas irmãs, meus irmãos, oxe! se assumam como realmente são Fm Não deixem que suas matrizes, que suas raizes morram Por falta de irrigação Bbm Fm Ser nortista & nordestino meus conterrâneos num é ser Seco nem litorâneo Bbm F É ter em nossas mãos um destino nunca clandestino para Os desfechos metropolitanos. Bbm Devasto as galerias tão frias cuspo grafias em vias Fm Espalho crias nas linhas trilhas discografias Bbm Arrasto lp?s, ep?s cds, dvds Fm Cachês, clichês, surdez, vocês? não desta vez! Bbm Esmago boicotes com estrofes em portes cortes nos flogs Fm Poetas pobres em montes dão choques em hip pops Bbm Versos ferozes em vozes dão mortes aos tops blogs F Repente forte do norte sacode em trotes galopes Bbm Meto a fita embolada do engenho em bilhetes de states Fm Dou breaks em fakes enfeites cacete nas mix tapes Bbm Bloqueio esses eixos os deixo sem alimentação Fm Alheios fazem feio nos meios de comunicação Bbm Essas rádios que não divulgam os trabalhos criados em nossos estados Fm Ouvintes abitolados é o que produz Bbm Contratos que pagam eventos forçados com pratos sobre enlatados F Plágios sairão entalados com esse cuscuz Bbm Ao extremo venho ao terreno me empenho em trampo agrônomo Fm Espremo tudo que tenho do engenho a um campo autônomo Bbm Juntos fazemos demos oxigênios anônimos Fm E não gêmeos fenômenos homogêneos homônimos Bbm Caros exteriores agrários são os criadores Fm Diários com seus labores contrários a importação Bbm São raros nossos autores amparo pra agricultores F Calcários pra pensadores preparo pra incitação Bbm Sou côco e faço cocada embolada bolo na hora Fm Minha fala é a bala de agora é de aurora e de alvorada Bbm Cortando o céu da estrada do nada eu faço de tudo Fm Com a enxada aro esse mundo e no estudo faço morada Bbm Sou doce lá dos engenhos e venho com essa doçura Fm Contenho poesia pura a fartura de rima tenho Bbm Desenho nossa cultura por cima e não por de baixo F Não sabe o que é cabra macho? me apresento rapadura Bbm Espanco suas calças largas com vagas para calouros Fm Estranha o som do gonzaga a minha sandália de couro Bbm Que esmaga cigarras besouros mata nos criadouros Fm Meu povo o maior tesouro amor regional duradouro Bbm Recito os ribeirinhos o mara - baixo em vivência Fm Um norte com essência não enxerga essa concorrência Bbm São tão iguais ouvi vários e achei que era só um Fm Se no nordeste num tem grupo bom F Não tem em lugar nenhum, toma! Refrão 2x: Bbm Fm Êha! ei! nortista agarra essa causa que trouxeste Bbm Nordestino agarra a cultura que te veste F Eu digo norte vocês dizem nordeste Norte nordeste norte nordeste.