[Rômulo Boca] Nos deram livros, poetas e planetas E eles só pensam em tretas nas letras que eles escrevem Deve ser o vazio, a valsa que nos apraz E torna tudo tão esquema Igual a ponto de sermos ego Eu carrego o cheiro da minha mãe na mente Ele sumiu das roupas Rapaz da vida em prosa, rosa e a dor ardida Ainda que não volta, as mãos que apoia rosto Na fração que a vida bateu e nos deu só breu Pós, só dó Deus, logo chama a filha, agora é com você E eu vi tumultos e discursos meus Por frestas tão pequenas, festas obscenas Pedi paz na andança, paz de criança Eu vi mais que esperança, erga sua taça Parei no meio do caminho e olhei pra trás Meus outros manos foram todos, longe de mais Depressão tornou riqueza tão ineficaz E eu fecho a porta da minha mente, barulho demais Dia a dia, ano a ano, mais longe do cais E eu fecho a porta da minha mente é barulho demais [Victor Xamã] É tipo amar alguém de longe, eu observo a cena Foram anos imperceptíveis, mil problemas Vocês nunca olharam o Norte, porra, tira a venda O corte mais profundo tá na alma, lembra? E noites que escrevo, aprendo Hoje eu sorri pro Rio Negro (wu) O coração despedaçado, eu remendo As carpas crescem de acordo ao tamanho do córrego E eu vou crescendo paralelo ao cosmos e o espaço e o tempo O hipócrita não lê o que tecla Esforço é mérito, público sem sal, sensato, sem cérebro Estou sem saco em ser célebre, sincero Coisas que poucos no meio do rap conseguem ser Sorrindo lendo comentários do tipo Achava que era o Xamã do Rio Yeah, nada contra Incontestável o talento e a proporção dos views Yeah, vocês não ouviram os beat do Dalsin, o disco do Barril Yeah, quem veio primeiro? Isso não é sadio V. Xamã da cidade onde não faz frio Quem colou na praça me viu Na cidade onde neva, mas nunca faz frio Eu paguei pra cantar, eu burlei meu destino Ouvi dizer que tem políticos fechados com o crime Num cenário paradisíaco proibido Onde o apoio a arte é escasso ou nunca foi visto Onde o apoio a arte é escasso ou nunca foi visto Onde o apoio a arte é escasso ou nunca foi visto (Qua$i) [Estranho] O preço que eu pago, é nunca ser amado de verdade Ninguém me respeitar nessa cidade Subi a superfície, os olhos ardem Me diminui pra quem não faz metade, nem se eu fosse covarde Profundo além margem, onde linhas rasgam beats Pinto em telas não tão belas Imagens dessas novelas não valem Luan Santana mixtape, meu longa metragem Sem perna curta ou pilantragem Léo, odeio cypher, deitando bases por lazer O beatmaker com os verso que cê quis fazer Amante dessa arte, nunca diz o que cê quer ouvir E antes de escrever na folha tem que ser e sentir Sinantrópico na Disneylândia Traz swag pra quem gosta com swing de quem manja É uma surpresa esse talento que o menino esbanja Causando o fim do choro, sem tesoura Estranho cortando franjas [Klyn] É, eu sei cês esperavam o Klyn rimando em beat de trap Mas tem coisas que nós não escolhe, só acontece Views vai abusar da minha liberdade nesse rap Aproveita que é de graça, tô aqui, ouviram suas preces Meu vôo é alto, pra enxergar o topo, olho pra baixo O rap tá tão sujo, ego lá em cima e moral lá em baixo Caô de internet vem na mão que eu te mostro quem tá fraco Recayd Mob é clã, vocês são MC frustrado Ostentando milhões de flow, com um cérebro, porque sou gênio Música pra pagar conta, não kit da Adidas, eu dispenso Tão se matando pra ter mensagem, eu calmo no entretenimento Quando vocês vão aprender que pra ser bom aqui Não basta ser preto Nasci pra ser assim, viver assim, morrer assim Tipo Jesus Klyn, Malcom Klyn, Martin Klyn, Tupac Klyn Vem 'nimim', eu mesmo sem prepotência, e é só talento Tô dando aulas nesse boombap e olha que aqui, eu nem tento Tudo aquilo que eu perco vocês acham Por isso engordam no problema Se o Hip-Hop é uma droga, eu vou ter overdose nesse tema Eu e Jovem Santi na mesma cypher, pode pá que é treta Meu rapcídio é canetada, desculpa a polêmica [Jé Santiago] ATF na casa, PJL pro Rafa É Diadema no mapa, dia de matar um cypher Tenho fome de rima mas sofro de bulimia Eu as vomito no beat, seus rap me da azia Prefiro pagode Rodriguinho, é tipo Engov Eles fã do XX, eu do Dôdô do Pixote Tô sem tempo pra briga, que se dane os rap nigga O que interessa é a bunda dela e meu disfarce em dia Yeah, eu e Klyn na mema track, isso é Recayd party Os fã de rap dizem: Santi, nunca pare E, eu nunca paro até comprar um Camaro E eles me compararem com o Zezé de Camargo É, se sinta representado Um jovem negro, chegando longe sem ninguém pra fazer ponte Me sinto privilegiado De lek zica rodeado, rap é refém do meu bonde Yeah, yeah yeah RapBox, Casa1 Jovem Santi e ATF Yeah, yeah yeah Isso é Recayd, sai da frente Não encosta no meu dread