Dizem por aí Que todo homem tem seu preço A minha pindaíba eu reconheço Que vivo num sufoco de arrepiar Mas não me entrego Me nego a virar mercadoria Que muda de embalagem todo dia Conheço muito bem o meu lugar Eu não estou à venda Não tenho código-de-barra em minha cara Eu posso ser um beradêro, um pau-de-arara, Mas tenho a coragem de lutar - para mudar Nascido cangaceiro, Sou filho de guerreiro nordestino Sou madeira de lei, sei meu destino Cupim pra me roer tem que penar.