Se cada chegada é partida, sempre parte meu coração, Sei que cada volta é uma ida, pra espantar minha solidão. Os meus companheiros de vida, se espelham em meus olhos vãos. O meu coração é uma ilha, e eu carrego nas minhas mãe. Em cada pedaço a partilha, no bolso as histórias do chão. Marrom no olhar da menina e a música no violão. O vento me traz a esperança, a calçada traz a canção, Quando não sou mãe já sou filha no afago das tuas mãos. Um cedo, um surdo e um mudo, desmemoriados talvez, Eu lembro de cada sussurro, e uma coisa de cada vez. Eu tenho o segredo da vida, eu tento nunca me lembrar. Eu tento achar a saída, eu tento brincar de enganar. Eu sou a criança perdida, eu sou a menina a vagar. Eu sou a mulher distraída, eu estou em todo lugar... Um cego, um surdo e um mudo, Desmemoriados talvez, Eu lembro de cada sussurro, e uma coisa de cada vez.