Sou Bezerra da Silva malandro exemplar A voz do meu povo ninguém vai calar Num gesto de amor e igualdade social Canta Lins Imperial Sou Bezerra da Silva malandro exemplar A voz do meu povo ninguém vai calar Num gesto de amor e igualdade social Canta Lins Imperial Do morro, eu contemplo a cidade A janela emoldura a poesia Numa aquarela onde a brava resistência É a luz da consciência No alvorecer de um novo dia Vou descendo a ladeira Vejo a vida ao inverso Partideiros zombam da verdade em verso Malandragem verdadeira Faz do dissabor a inspiração Seu doutor É no samba que eu exponho as mazelas A realidade da favela E promessas de político caô (caô) A discriminação, a sogra, o vacilão Semente que ninguém plantou A discriminação, a sogra, o vacilão Semente que ninguém plantou Na cabeça o flagrante é a melodia Não me julgue, pois eu sou homem de paz A essa gente transmito alegria Legado que não se desfaz E assim transformo em verbo A mão que ilumina o compositor No barro na colina e no asfalto O partido alto me fez vencedor