Quando eu pego na minha viola Recordo o meu passado Vovô me contou esse caso e na Minha mente ficou bem gravado O caso aconteceu As margens de um riacho É a história de um boi valente Apelidado por boi penacho Um velho carro de boi Pra quelas bandas descia A junta escolhida a dedo Dois bons pataneiros A frente rompia O carro perdeu a toada E a sua cantiga parou Os dois pantaneiros na Hora perderam a força E o carro atolou Então disse o velho carreiro Olhando pro carro atolado Se esse boi tira o carro do atolo Eu dou o meu rosto pra ser espancado Bem que disse o vovô zé bento Boi raçudo e mesmo o penacho Se o meu boi não puxar esse carro Eu mudo o meu nome e a fama de macho Retrucou o ponteiro na hora Não aposte no boi penacho Esse boi já ruiu pelos anos É bananeira que já deu cacho Se penacho puxar esse carro Eu mudo de nome também Eu deixo de ser candieira Abandono essa vida e largo esse trem Em uma fazenda distante Penacho mandaram buscar O boi velho chegou no atoleiro E de cara ocupou seu lugar Arribou com a canga no chão E arrastou o carro de lá A inocência do jovem ponteiro Custou-lhe a vida de carrea O carreiro disse pro guia Com firmeza e desembaraço Não duvide da força de um boi Quanto mais velho mais duro é o casco Esse boi tem a sua história Guardada com esse carreiro Penacho é o pai desses doi Que deixou o carro nesse atoleiro Penacho é o pai desses dois Que deixou o carro nesse atoleiro