A lua tão sua e tão crua, me desnuda e deixa muda Descortina minha mente, entorpece e não obedece A língua percorre o corpo, o gosto e o desgosto Encanto e desencanto gerando o gozo e o pranto O brilho se apagou, escureceu, o sol morreu... Encandeia minha amada lua cheia Encandeia minha amada lua cheia Tirei o esmalte vermelho, chorei de dor Mas não há de ser nada É só melancolia, até chegar o dia... A nova fase, outra poesia O vento que move as folhas, as águas e as lagoas... Vazantes e cheias, morada das sereias O brilho se apagou, escureceu, o sol morreu... Encandeia minha amada lua cheia Encandeia minha amada lua cheia