Eram duas caveiras que se amam E a meia noite se encontravam Pelo cemitério os dois passeavam E juras de amor trocavam ! Sentados os dois em riba da lousa fria A caveira apaixonada assim dizia Que pelo caveiro de amores morria E ele de amores por ela vivia ! Num galha uma coruja cantava alegre Ao ver os dois caveiros assim feliz E quando eles se beijavam em tom fúnebre A coruja batia as assas Pedi a vez ! Mas um dia chegou de pé junto O cadáver novo de um defunto E a caveira por ele se apaixonou E o caveiro antigo abandou O caveiro tomou a bebedeira Matou-se de um modo romanesco Por causa daquela ingrata caveira Que, trocou ele por um defunto fresco Um defunto fresco Defunto fresco Fresco