Ago, majestade negra Mãe África, raiz ancestral A alma chorava e a pele sangrava Ao ver seus filhos serem, matratados Escravizados pelas mãos do invasor Reis e rainhas nobres guerreiros Que se foram sem dizer adeus Um triste lamento ecoou O vento soprou cruzaram mares Em terras brasileiras desembarcou Berço quilombola, essência cultural Negrura aflora na pedra do Sal Bravura retinta se pôs a lutar Com sangue Mahin, Banto, Yorubá Fincada raiz, encanto de realeza Tia Ciata herança da nobreza Yabá da pequena África Inspiração e acalanto Nos pés das cabrochas e de cada malandro Hoje a Raça Rubro-negra vem exaltar A cor que labuta por liberdade O samba ainda resiste na rua ou no gueto E traz poder pro povo preto! Sou resistência e peço: Agô! De punho cerrado, mostro meu valor A nossa Voz ninguém vai calar A Raça vem aí, e o bicho vai pegar!