Anota aí mané que eu vou seguir na fé de hoje e sempre, até onde for possível. É incrível a dimensão que toma looning em proporção ao som velho do fone. É real que eu tento cada passo após o outro na fome de ser real e só representar um nome. O meu. Moral da história; eu esqueço de mim. Se é assim eu vim aqui pra que ? Ser só um egoísta na terra ? Minha lista desse tipo cresce com uns nomes que tu num espera. Eu vivo em constante guerra com o ego. Tem horas que eu me pego pensando longe. Não nego que eu prego certo e vira e mexe eu faço errado. É a hora que eu me apego a certeza de que ninguém é perfeito. Meu BPM agora quase que se alinha ao do peito. Feito beat eu boto a rima no flow e dou adeus ao leito de morte devolta a vida em quarentena. Trago com ela todo o tipo de sequela possível num dilema eterno de dormir no paraíso e acordar no inferno. Me interno pela última vez. Cada rima agora é mais ou menos como um berro. Lá fora já devem ser quase seis. Encaro os versos como missão em proporção o que era sono já se desfez. Me olho no espelho, pálido e compulssivo, eu tenho que escrever. Não me nego a essa sina teço várias rimas e não tento esquecer o motivo de ser. No fundo eu quero ser só sincéro. Espero, mesmo, o voto de confiança dos amigos que fecham comigo. É meu pedido único, também, aos inimigos, o mínimo e me diz se não é pouco que eu peço. Me despeço deixando um verso solto e o pulso, não impeço sem cerimônia. Assino no verso, sou réu confesso, não meço esforços, pelo contrário, rezo pelo inverso do verso anterior. Sendo como for eu sou mais eu. Lembranças na balança, o que se lança ao teto quando abaixa o sol a tarde, brilha longe o hall da fama. Ouvindo ao fone grana... grana... Na tape mal feitona, gravação original. São as poucas horas que eu me sinto imortal. Hoje eu sou imortal.