Sempre gostei de ordenar estou fora dos padrões Muitos querem julgar poucos entendem suas próprias ações Inspiro morte, expiro vida Minha vida parece tão preciosa eu não a retiraria A mulher que eu amei diz não lembrar nem ao menos da minha voz Eu lembro-me até do som da sua risada isto mostra o quão grande é a lacuna entre nós Vivo em um mundo sensível Preocupo-me com coisas de caráter inteligível Portador de rios de lágrimas para encher a Cantareira Choro escondido incluso choro escrevendo esta letra Domingo ensolarado não me importo com as horas Este é o momento para por para fora o que a minha mente aprisiona Cada letra que eu escrevo pelos cantos desta casa Vou sentindo minha caneta ficando mais pesada As pessoas se odeiam, mas fingem que se amam Culpam a religião desta forma se enganam Eu sempre quis ser diferente o mundo me corromperá Talvez eu esteja procurando algo que nunca irei encontrar Não sei o que procuro, onde e nem quando Enquanto eu as abomino com sinceridade elas fingem estar me amando A vida adulta é dura debocham da sua esperança Criança sonha em ser adulto, adulto sonha em ser criança Não que eu acredite que eu seja um santo Mas minha maldade vem sendo maior e isto está me matando Ninguém me entende o que devo fazer? Talvez o problema esteja em mim será que eu não me faço entender? Quando criança escrevia poemas para me expressar Ninguém os lia diziam que eu os copiava O tempo é rei eu sei hoje eu entendo, oh meu Deus Os anos trouxeram as coisas que a escola não me deu Talvez seja só mais um fase ruim, e que fase Parece-me que ela não terá fim Meus sorrisos são falsos, mas são tão convincentes São apenas cópias baratas, mas me enganam às vezes Ouço muito a palavra amor estou familiarizado Amei uma vez e foi o bastante para saber que amei o ser errado Minhas letras são resenhas de uma vida sem graça Monótona onde não acontece nada Minha guerra é interna eu sou o meu maior inimigo Rodeado, mas não sinto de forma concreta a presença dos meus amigos Os mesmos não conseguem enxergar o óbvio Que eu não estou bem há tempos em meu semblante é notório Queria tanto ser digno de conversar poucos segundos com Deus Para ele me explicar onde eu errei o que me aconteceu Todos têm seus problemas e eu os entendo Quem sou eu para comparar cada um sabe o quão grande é seu sofrimento Em pleno jardim das aflições encontrei a flor mais linda Em meio às flores mortas que sugaram a minha vida Nem sei se Deus pode me perdoar Cometi o maior pecado que é desistir de viver Pareço um cadáver pútrido que só serve para andar O que eu plantei todo este tempo para ser lembrado quando morrer? Ouço vozes ecoando repetindo falas Dizendo para eu desistir que esta luta não me levará a nada E o nada parece tão interessante Só de me desligar deste mundo parece-me algo empolgante O meu reflexo no espelho é de enojar Repugno-me estou lutando para mudar Ontem eu sonhei com o céu, sonhei que fui julgado A primeira pergunta que ouvi foi: filho o que tu tens plantado? Arrepio na espinha dorsal, me ajoelhei Desculpe-me, mas o restante é só na parte três Continua!