Mesmo assim é que eu quero viver Solto pra voar nesse chão Corro légua não vejo caminho Que se perde na imensidão Mesmo assim é que eu quero viver Solto pra voar nesse chão Corro légua não vejo caminho Que se perde na imensidão Quando vejo um passarinho Imitando o meu cantar Cantou longe, cantou perto Mas não cantou sozinho Passou do tempo de colher do chão o que ficou Passou beijando a flor Beijando a moça e sua mão Corre, desce o lago, passo lá na cachoeira Forma um braço d’água que no mangue banha toda a vida Que sai do buraco atrás do mato da trincheira E do peso nas costas Que carrego e não nego pra subir ladeira E laê, laê, laê