O peso da tropa que segue estendida pelo corredor Vai calando na terra que vem pisoteada mas se mantém viva A marca dos cascos revela mais uma e o mesmo clamor Das ânsias bagualas que ficam pra historia de outras comitivas Embalo o fiador e perdido na poeira me vejo tropeando Sustendo o que a marcha reserva pro dia que o grito reponta Da ronda redonda da ultima noite me paro pensando E lembro de coisas que só a estrela Dalva brilhando me conta Talvez o feitiço de um grito de venha seja o que domina Angústia do gado e a fibra dos homens que são seguidores Do estranho requinte do eco bendito que tanto fascina Estampa sofrida que são fundamentos de tantos valores Tropeio por dentro bem mais que o destino aquerenciado em mim Por ter muito alem das minhas imagens se encontra o que vejo Espero que sempre o final de tudo nunca seja o fim E eu volte no rastro de alguém que ficou com meu ultimo beijo Por ela tropeio por ela eu sou tropa e assim busco um rumo Pras coisas que um dia talvez me repontem por algum caminho O corpo judiado a alma empoeirada e um meio consumo São sobras da estrada que eu trago e acolhero com os teus carinhos Eu tenho um ranchito santa fé e torrão erguido com gosto Rodeado de sombra e o palanque da frente recebe o que apeia E o resto eu carrego nos calos das mãos e nas rugas do rosto Pra que nunca estore o que o meu destino ronda e tropeia