No meu tostado ruano Costa abaixo rumo ao plano Correndo com o laço armado Rodamos e o boi se foi E o que me restou depois Foi sarar deste pé quebrado Eu te confesso chinita Que em muitas manhãs bonitas Eu estive amargurado Quando ouvia do ranchito Latidos touros e gritos De algum rodeio parado Logo que o galo cantava Eu por costume saltava Com as mágoas daquele azar Sem poder calçar as botas E o boi brazino nas grotas Porque eu não pude atacar Foram dias no ranchinho Com tuas mãos de carinho E as orações que aprendeu Que este paysano sarando Cruzou as tardes mateando E até da dor se esqueceu Quando a cuia me alcançava Certas coisas te contava Dos tempos de antes de nós Com silêncios e ternuras Renovastes as tuas juras Naquelas noites a sós A nossas horas de sestas Ou as estrelas nas frestas Ou teus olhos vaga-lumes Foram pra mim na verdade Tocar na felicidade Sentido a pele e o perfume Com uma saudade infinita Foi que retornei chinita Para lidar no rincão De qualquer dor esquecido Como de amores benzido Com as rezas do coração