São dias cinzas Dias de melancolia E solidão Mas são Dias de sobrevivência E vários milagres diários (amém!) Mas pelo menos tenho Minha família, meu barraco Sabão coco pro cabelo E o troco pro mercado Um sonho gigantesco Uma ressurreição pra cada perrengue que eu passo Bamba samba Samba bamba Um anel em cada dedo (alô samba) Um amigo em cada beco Enfrentar dragões por dia Ódio e água no feijão (tô chegando) Paciência, mandinga Amanhã é outro dia Olha a vida Vai, olha a vida que vai Todo dia em você Acredita (acredita!) Clareia o olhar Deixa sangrar Recebe o abraço do tempo Nas costas o mundo inteiro Um amigo em cada beco Um anel em cada dedo Acreditar Tem gente de olho no seu proceder Quer te ver ganhar, nunca te perder Como passarin que nasce cantando pro céu Lembro do meu povo pedindo o queé seu E por direito nosso a vida é passageira Brincadeira sem ter hora pra poder parar A necessidade de um abraço sincero Ampliando a força pra desgovernar Quem só tem dinheiro e faltou com amor Não olhou pro lado, não pôde enxergar Que ele foi posto a escanteio Carece de acesso à informação Cultura é o berço da educação Que a tal da high society não sabe cuidar Há E agora eu vejo como eu traço meu caminho Olhei pro momento pra dizer o que sinto Se você vê sem perceber, subversivo (huu) Mas um abraço com vacina é outro nível Vou sair pras ruas pra dizer o que sinto Cê vai ver, mai quando nóis sair pra rua Cê vai ver Trabalhador que quando entende que o edifício Só fica de pé porque nóis tem erguido Cê vai ver, mai quando nóis sair pra rua Cê vai ver Porque a revolta quando chega, é com estilo Arremesso pedras no seu conversível Cê vai ver, no seu conversível Cê vai ver Vai, olha a vida que vai Todo dia em você Acredita