A quanto tempo que a vida não muda A muito tempo que as coisas são iguais Mesmas palavras, mesmas notícias Mesmas cabeças na cesta de lixo Mesmas doenças, mesmas mentiras Mesmas histórias, mesmas batalhas Mesma cintura apertada Pelo cinturão da fome A quanto tempo que você não trepa A muito tempo seu desespero cresce Sempre as mesmas caras, mesmas taras Prendem os seus pulsos Com algemas numa cama Mesmos lugares, mesmas pessoas Mesmas paixões, mesmas revoltas Mesma inércia do seu corpo Fudido no mundo Você não vive, você não sai O Sol não te iluminou nunca mais Tocando sua guitarra desligada Sempre a mesma música que não tem fim