Derrubaram a árvore que eu plantei Escrevi meu nome no asfalto e sei que nada mais é feito pra durar e que meu rastro não custa a se apagar Em meio a imagens, modelos e ídolos Não importa quem é você! Sei que roubaram de mim mais do que eu notei E eu não passo de um clichê Tão comum ver nos outdoors a resposta, o caminho, a solução que bem sei, não trazem satisfação Não fiquei satisfeita com a felicidade que me venderam e nunca aceitam devolução Glorificamos o individualismo para aumentar o consumo. Estamos contaminados pelo egoísmo, acorrentados a uma falsa sensação de conforto. Na era da cultura fast-food, poetas medíocres e emoções plagiadas. Quero ser aquilo que não tem preço "Todo coração é uma célula revolucionária" Não vejo brotar esperança nos inférteis campos de um sistema que semeia um egoísmo irracional cujo ciclo é se devorar Se produzimos lixo, consumimos lixo, viva a individualidade! A ganância é a metade do caminho para a desonestidade Tão comum ver nos outdoors a resposta, o caminho, a solução que bem sei, não trazem satisfação Não fiquei satisfeita com a felicidade que me venderam e nunca aceitam devolução Por isso é tão constante o vazio e a solidão.