Sem mais idade pra se esconder Mas sem vontade, dinheiro, você Ou planos, até os meus cem anos Como havia de ser por vergonha a perder De vista, como todo paulista capaz de entender O quão profundo te faz parecer Um microfone, um rostinho blasé Um grito, um boné bem bonito Um tipo pra fazer um troço pra beber Um vício, pular de um precipício Falar que quer morrer Às seis da tarde parar de correr Ser de verdade, a vida é pra viver Que chato, não me vendo barato Só pra não ser clichê, até mesmo porque Desisto de ver e ser visto, disso e de querer Ir lá na frente do pico e dizer Não acredito em gente que crê no rock Então não provoque Isso é com você e com todos os teus amigos Esquece o que eu digo, mas deixa dizer