Horas e horas relógios e homens ponteiros violam a estática ação segundos percorrem caminhos sem volta da mesma maneira o que sempre farão relógios de pulso antigos de corda sempre marcam horas sem nenhuma razão sem sentido e sem direção a pontualidade sempre viverão sempre nos perseguirão Horas e horas relógios é o que os homens são dormem e acordam minutos de pura ilusão sempre retornam ao início da mesma estação pare esta porra eu não quero mais nenhuma precisão sete e quinze eu acordo sete e vinte tomo banho oito e meia estou na rua nove horas no trabalho meio dia é do almoço uma e meia um compromisso dez em ponto estou jantando meia noite estou dormindo este foi e é meu dia o meu dia sua vida sua vida o relógio imagina o que eu faria se eu parasse esse negócio se eu arrancasse os ponteiros ficaria tão tranquilo sem horário obrigatório