Uma nova música não é nova É tudo aquilo que não foi embalsamado E que já se decompôs E de uma forma ou de outra Transforma-se no adubo de algo Que irá também envelhecer Pra alimentar o infinito É o Brasil pós Cabral Pós Marinho É o complexo de Édipo Rei colonial transposto É o Brasil desdentado e mulato É o filho bastardo Que não precisa de um pai Pra se justificar Nos desculpe pelo papo careta De estética da poxa vida que pariu Deve ser esta poliscultura O resultado desta promiscultura