Chega de laços nos cadarços, de canetas roídas e de velas apagadas... eu não sou mais a mesma, cansei de ser. Já me iludi demais com a estima do seu falso moralismo... A minha vida mudou, só sobrou o lixo mas ela continua sendo minha. Vivo momentos incoseqüentes que me atiram pela janela diariamente... descubro novos defeitos e velhas qualidades que a minha arrogância sempre despercebeu. O piano soando ao fundo... notas vazias fora do tom, determinando todo este ambiente. Tudo ao chão, sem lugar, espalhado. Me proteger do que eu quero? O que é? influência ou cópia?(concentrar!,concentrar!) alcance! alcance! Ainda hoje olhei suas fotos... o sorriso, o tempo parado... a hora não muda, mas sempre as olho. Mas hoje eu entendi umas coisas, minha perda de tempo favorita, agora eu tenho a minha própria caixa de pandora. Devo descanso à minha mente... é tanta mentira, é tanta gente, tanta confusão. Devo descanso à minha alma... sou incrédulo e os ventos levam minha fé. Deixei de ir a lugares que gostaria muito, mesmo assim fui feliz inexplicavelmente. (Então descanse) Eu não quero ficar comigo mesma. Os dias são fiéis, continuam vindo um após o outro... hoje imaginei a sua janela fechada e a nossa tristeza aí dentro que está gritando... (Amiga mente por favor volte, estou com saudades do nosso tempo; dos nossos belos dias vazios) Só mágoas, coração feito em pedaços... alguém tem cola? preciso colar os pedaços! Preciso fazer em padaços o que hoje me consome, o que hoje é grande demais pra caber em mim... (A vida é curta e a lua é bela) Talvez eu viva um pouco mais a vida e ame mais a lua... talvez...