Navego pro esses mares em plena madrugada Pois pra minha solidão não existe remédio Procuro nessas águas combater o tédio Empunhando a imaginação como uma espada Sei Que por aqui não se adula a indolência Nem se cultiva as vãs paragens da clemência Nem se condena a infinidade da alma vadia Passeio com deleite no meio dessa estrada Pois esses caminhos me tiram do deserto Por mais que me isole tem alguém por perto Que me propõe na rota da velha caminhada Sei Que por aqui não se adula a indolência Nem se cultiva as vãs paragens da clemência Nem se condena a infinidade da alma vadia Não quero aplauso nem beijo nem sorriso Eu vou dizer de vez do que preciso Um viés de vocês na minha noite e no meu dia