Quem haver esbanjando sabedoria Acredita que ela tem o mapa da vida Mas na verdade ela não sabe onde está A quem amar, onde vai chegar Ela me ultrapassa com seu carro importado Mas é só marcas de pneus no asfalto Quando menos se espera O tudo vira nada numa esquina Num quarto de motel numa escada para o céu Num posto de gasolina Eu que deixo sobre a mesa prestações vencidas E roupas suadas no varal Não nasci ontem nem vou morrer agora Por você ou por demais por coisas artificiais Não sei a quantas anda Por onde irei passar Tenho fé na liberdade que nos faz Viver e amar Não sei a quantas anda Por onde irei passar Tenho fé na liberdade que nos faz Viver e amar Hei menina dos vestidos de grife No mundo encantado de Alice Todo prazer tem seu preço todo final um recomeço Uma vertente de luar Cada sentido, cada curva, cada passo Cabe alguém a quem confiar Mas vivi por horas tão rasantes ao fim Os tolos um dia mudam horizontes mudam de lugar Não sei a quantas anda Por onde irei passar Tenho fé na liberdade que nos faz Viver e amar