Pois o sonho, amigo, não é cousa feita de pedra e cal O sonho é cousa fluida enquanto dura a mocidade Que não cuida senão de se gastar, não para nem repousa Vai de despenhadeiro a outro despenhadeiro (Manuel Bandeira) Do monte a vertente É viva, é corrente Que prende quem sente Que é livre a mente Mariposa que voa No dourado poente E o sol de partida Que leva a água da vida Tão belo e sombrio Segredo do rio Das nuvens e do mar Ou alguém a sonhar Ou o desafio de amar Se não sei por onde ando Já tenho andado ou hei de parar Desconcerta o que é certo A luz está perto, a noite é agora Dormir e sonhar