Vejo o que não posso ter Não mais amo, não mais sinto. Vivo a morte em meu sofrer A vida eu sugo Buscando prazer no elixir dessa monótona vida O mal eu sou Ao fugir da paz que almejo Os traços eu confundo nessa escuridão O que me cerca são apenas sombras, e morte Os dias se passaram e eu nunca mereci o fim O meu tempo se foi e todos meus pensamentos se anularam Amando, eu descobri que somente posso meu criar E eternamente me recriar após um simples fim Corpo leve que possuo Peso que tenho que carregar Minha alma esta condenada E o meu fim eu vivo a buscar Fui o mais belo imortal Sempre existi consciente em mim Lágrimas de sangue dos meus olhos rolaram Quando eu criei o meu fim... Recriei-me buscando um novo fim Que nunca tive, mesmo criado uma próle para mim Da morte surgiu a morte sem nunca se ter um fim Não sei mais o que é dor E o que é amor Pois hoje estou em torpor Não sinto mais o cheiro daquela flor Já que a muito fui abraçado por meu amor Agora vejo surgir uma nova flor Carregada de ódio e rancor A prole se levantou contra o seu amor Só estou em torpor Pra não sentir essa dor Que antes era amor