Renasce das cinzas a Vila Isabel Desembarcando na estação da alegria O povo de Noel faz o caldeirão ferver O meu feitiço vai pegar você! Meu Deus! Lá vai o trem Serpenteando nas veredas da escuridão Sou o passageiro da agonia É ida sem volta, não tem baldeação Orvalho banha a flor de prata A brisa sopra a mata O nevoeiro se desfaz O mistério da floresta, então se manifesta Atazanando a minha paz O frio que invade a fresta da janela Revela criaturas de arrepiar É hora de acelerar Maquinista, por favor! Se manda daqui, me leva embora A Lua cheia anunciou Que vai soltar o bicho agora Remanso traz a melodia na voz que inebria Atração fatal reflete no olhar Raios, tempestade sobre as ondas Onde o rio adoça o mar Lamentos e gritos de pavor No baile do castelo, cenário de terror O corpo se perde da alma Quanto mais eu rezo, aparece assombração Chorei, me embalei no colo da recordação Na bagagem trago a fantasia Nos trilhos da imaginação