Sou um servo do delírio O senhor do imaginário Fui o bálsamo do tempo Luz de toda inspiração Sou o remo da jangada Rumo à terra inexplorada Onde Deus fez a morada Pele imaculada que restou da criação Eita lar dos homens bons Deita em leito Solimões Escute o grito que ecoa na floresta Misture o visgo verdejante e o metal Eu sou a lágrima de prata, o brilho da Lua na mata Jurupari e bicho folharal Escute o grito que ecoa na floresta Misture o visgo verdejante e o metal Eu sou a lágrima de prata, o brilho da Lua na mata Onde o curumim vira animal E Amazona, é mulher, bravura É caruana, e o poder da cura O arco da piracema Flecha do amor do poema Lança pra eternizar cultura Luzes, bandeirinhas e paixões Boto sedutor de igarapés Zarpa jangadeiro de emoções Os xamãs, caboclos e pajés Dom de proteger seringueiras Matitas Pereiras, Chicos e irmãs desse lugar A missão mais deslumbrante por esse rio-mar Warrãna-rarae, Warrãna-rarae Mari-nawa-kenadêe Ecoam tambores na floresta Porto da Pedra é nossa hora de vencer