Outra vez o Tigre mostra as garras na avenida E doido pra ganhar o carnaval Faz parecer bem natural A loucura que é essa vida Nem todos os que aqui estão são loucos Nem todos que são loucos, aqui estão Neste reino da insanidade A teimosia e a vaidade dão as mãos E Dona Maria, primeira até no nome Há de encontrar Napoleão Assombrando a ópera em Paris Um compositor fantasma condenado à solidão O mal que era apenas aparente Foi tomando a sua mente Fruto do destino e da discriminação Feito o galante Dom Quixote Que a loucura idealista fez lutar até a morte Raul, maluco beleza, há dez mil anos atrás Já dava adeus a tristeza, pregando O amor e a paz Menino maluquinho pela idade Do cinema até é tema, louca é toda criança Nijinski, bailarino incomparável Com certeza incurável na loucura pela dança Tão louco quanto Bispo do Rosário Fez do mundo um inventário para doar ao criador Eu vi sair, de um pavilhão em São Gonçalo Loucuras vindas de imaginários Tão loucos quanto os que a gente já cantou Eu canto, eu pinto, eu bordo Sapucaí é a tela Porto da Pedra enlouquece a passarela