Em silêncio, me pediram para ficar de pé e falar somente o trivial Negar o absurdo e achar tudo isso normal Olhar, sentir, cair Sim, sim, sim! Velhas e novas oligarquias dando golpe no Planalto Central Do sul ao norte, a dominação e a violência tira sangue dos povos indígenas Da classe trabalhadora, explora Nega sua história e bebe a sua memória no jornal nacional Poder aparentemente consolidado Circulando entre as mãos de dominadores brancos, sujos, atrofiados Não conhecem o amor Nossa luta! E a vitória deles, já tem anúncio de fim Com as forças da natureza, dos ventos dos céus, de nossos corpos Bocas e braços serão eles derrotados Amar e lutar Jamais temer Amar e lutar Para viver O poder que devora nosso poder Não apagam as glórias Do nosso viver O poder que devora nosso poder Não apagam as glórias Do nosso viver Amar e lutar Jamais temer Amar e lutar Para viver O direito se esfola pra teu ter sem memória, vencer Meu eu sofrer, tremer, sobreviver Como um ter sem ser Aiê, aiê, aiê Fico sem voz ao caminhar na esplanada de concreto Encharcada de óleo de peroba Penteada a navalha da miséria, engasgada de soberba A dor que arranca gritos de dia, integra o simples ao complexo Porta do mundo em música, ritmo e verso Contra o devorador de verbos Passo a passo, uma história sem se perder! Caminhadas, memórias, eu e você Passo a passo, uma história sem se perder! Caminhadas, memórias, eu e você Amar e lutar Jamais temer Amar e lutar Para viver Amar e lutar Jamais temer Amar e lutar Para viver