Nesse poema eu faço Agora uma descrição Sobre o vaqueiro besta Que não é sabido não E sempre cai nas artimanhas Do seu sabido patrão O vaqueiro besta com Qualquer ganho se consola O salário que recebe Do patrão é uma esmola Em cima de sua tolice O patrão deita e rola O vaqueiro quando é besta O patrão se aproveita Está sempre procurando Pra ele uma empleita Depois paga uma quantia Que até um doido injeita Vaqueiro besta não sabe Nem se quer pedir aumento Para o sofrimento dele O patrão não está atento O salário que lhe paga Não dá nem pra o alimento Vaqueiro besta trabalha Pra o patrão a vida inteira E quando sai da fazenda Sai só com a companheira Dez meninos e um cachorro E nada em sua carteira O vaqueiro besta cuida Do gado do seu patrão Mas quando ele envelhece Ninguém cuida dele não O patrão manda ele embora Pra não lhe dá proteção