Um dia um burro morreu Na praça em frente a matriz E o padre vendo aquilo Não se sentia feliz Mas esperava que alguém De perto ou de além Tirasse o burro da praça Porém isso ninguém fez E o padre por sua vez Dizia: "mas que desgraça!" Passou-se uma semana E o burro morto lá Quem ia sentar na praça Dizia assim: "não dá Pra ficar nesse local Enquanto esse animal Não for tirado daqui," E aquilo todo dia As autoridade via Mas não estavam nem aí Aí aquelas pessoas Que gostavam de sentar Toda noitinha na praça Foram com o padre falar E disseram com rancor Oh seu padre, por favor Dê um jeito de tirar Aquele burro da praça A praça está sem graça Não dá pra ninguém ficar.' Além da pra está feia Ninguém aguenta o fedor Por isso seu padre, a gente Lhe pede esse favor Faça isso urgentemente É o único lugar que a gente Tem a noite pra sentar Mas com aquele burro morto É total o desconforto Ali naquele lugar!" Diante desse reclame O padre disse assim "Vou fazer vosso pedido Pode confiar em mim Com o prefeito vou falar Pedir pra ele mandar O pessoal da limpeza Ao animal retirar Para a praça voltar A ter a mesma beleza" Aí o padre saiu Bastante insatisfeito Dirato pra prefeitura Pra conversar com o prefeito Chegando na prefeitura Disse com muita bravura Ao prefeito Luiz: "Mande um empregado seu Tirar um burro que morreu Lá na praça da matriz.' Um burro morto na praça Não dá certo não, prefeito O povo que vai á praça Sai de lá insatisfeito, Por isso eu vim aqui Somente ao senhor pedir Que encarecidamente Mande ao burro retirar Da praça sem demorar Faça isso urgentemente!!" Aí o prefeito disse Assim só pra chatear: "Oh padre e não é seu dever Dos mortos então cuidar?" Quando isso escutava O padre que já estava Com as duas orelhas quentes Respondeu alto a dizer: "Mas também é meu dever De avisar aos parentes!"