Virgulino era seu nome O apelido Lampião Nasceu em Serra Talhada Cidade do alto sertão Do estado Pernambuco Terra de homem valentão Filho de agricultor Nunca frequentou escola Usava chapéu de couro E uma roupa de sola Seu livro foi o cangaço Sua caneta a pistola Trabalhava no roçado Quando jovem, o tempo inteiro Teve uma infância pacata Aprendeu ser sanfoneiro Quando mataram seu pai Ele virou cangaceiro Quando entrou no cangaço Levou uma vida banal Só andava bem armado Com rifle, bala e punhal Deixou de fazer o bem Para fazer só o mal Ele formou uma tropa De capangas bem armados Para acompanhar ele Pelos sertões dos Estados Dando cobertura a ele E fazendo seus mandados Devido ele se tornar Um temido valentão E assombrar as pessoas Que moravam no sertão Recebeu dos sertanejos O nome de Lampião Ele recebeu também O titulo: Rei do Cangaço Porque chefiava um grupo Bravo e forte como aço Formado por cangaceiros Que não sentiam cansaço Onde Lampião passava Com a sua cabroeira Muitas pessoas com medo Debandavam na carreira E as vezes dentro do mato Passava semana inteira Só pra quem era ruim Lampião foi desumano Não mexia com ninguém Porque também era humano Mas quem mexesse com ele Entrava logo no cano Maria Bonita era Mulher de um sapateiro Mas Lampião tomou ela Do seu velho companheiro E ela tornou-se esposa Do temível cangaceiro Também virou cangaceira Prontinha para brigar Lampião era valente Pior do que um jaguar Mas ela fazia ele Aos seus pés se ajoelhar Virgulino Lampião Pra ser valente nasceu Enquanto estava vivo Só no cangaço viveu Deixou de ser cangaceiro Só no dia que morreu