Namorei com gabriela Filha do doutor armando E terminei me casando Com a irmã mais nova dela Como diziam meus pais Às vezes a gente faz Tanto bem e depois cai E quem faz o mal prospera Da mata que não se espera Dela o coelho sai. Certa vez presenciei Um homem grande e moreno Lutando com um pequeno E no grande eu apostei Fiquei decepcionado Que o pequeno danado No meio do vem e vai Deu no grande feito fera Da mata que não se espera Dela o coelho sai. Um rapaz alto e bonito E um baixorote feio Começaram um paleio Com a filha de zé zito O feio que só um sapo Ganhou a moça no papo E levou pra o uruguai E eu falei pra quitéria Da mata que não se espera Dela o coelho sai. Às vezes vai pra cadeia Um honesto e um ladrão Ficam os dois na prisão Quem sabe? Levando peia! Aparece um cidadão E liberta o ladrão Que com liberdade sai. O outro fica na espera Da mata que não se espera Dela o coelho sai Dois candidatos rivais Disputam uma eleição Um ruim que só o cão E o outro bom de mais Quando termina a campanha Aquele que é ruim ganha E para o trono vai O bom perde e desespera Da mata que não se espera Dela o coelho sai. Num curso entram um solteiro E um casado com filhos Todos dois entram sem brilhos Mas na luta o tempo inteiro No fim o pobre casado Sai do curso derrotado E o outro que não é pai Ganha o curso com quimera Da mata que não se espera Dela o coelho sai. Um pobre e um barão Vão jogar na loteria O barão sente a alegria De ganhar mais de um milhão E o pobre que jogou Coitado, não acertou, E na tristeza recai, O pesar lhe dilacera Da mata que não se espera Dela o coelho sai. O pesar lhe dilacera Da mata que não se espera Dela o coelho sai.