A morte é muito cruel Não tem dó de quem tá vivo De forma individual E de modo coletivo Ela pega vida ou vidas E bota no seu arquivo Numa batatida de carros Numa queda de avião Numa enchente, num ciclone Num vulcão, num furacão Ela de uma só vez De vidas pega um montão De forma individual Ela pega através De um câncer e também De outras doenças cruéis Mata ricos milionários E mata pobres ralés A morte mata porque Matar é seu único ato Mata quem é bem famoso Vivendo no estrelato Também o desconhecido Que vive no anonimato A morte para matar Não escolhe seu ninguém Ela mata o ser humano E mata o animal também Pois ela só anda atrás Daquilo que vida tem A morte é invisível Ninguém vê mas é exata Todo dia com certeza Muitas vidas ela cata Ela mata muita gente Mas a ela ninguém mara Quando ela vem não avisa Nem também manda recado Mata o pobre miserável E o rico potentado Não importa a posição Ela transforma em finado Para lutar com a morte E vencer ela, não tem Ela mata quando chega Ela vence quando vem Ela vence, mas vencida Ela não é por ninguém Da morte ninguém consegue Se livrar nem se esconder Por mais que a pessoa tente Lutando para valer Quando menos esperar A morte lhe faz morrer Ela mata qualquer um Seja duro ou seja mole Depois que ela tira a vida A sepultura engole Ela mexe com milhões Mas com ela ninguém bole Os que ela já matou Nós não podemos contar Não sabemos quando ela Pra nos matar vai chegar A certeza que nós temos É que ela vai nos matar Mas pra você que não sabe Eu digo com alegria Quem pode matar a morte É só Deus com garantia E pra ele matar ela Já está marcado o dia