Joanina tinha uma loja De vender confecções E além de vender roupa Vendia calçados bons E a danada da Joaninha Na sua lojinha tinha Uma grande freguesia Sem boato e sem conversas Mais ou menos trinta peças Ela vendia por dia O filho mais velho dela Era doente mental Daqueles que come feze Dizendo que é mingau E além de doido era Estupido feito uma fera Dessas mais brabas que tem O moço era doido demais Não respeitava os pais E nem os outros também Um dia Joaninha saiu Para umas compras fazer E deixou o filho doido Na loja pra atender Os clientes que chegasse E a ela não achasse Porque havia saído E conforme ela mandou Seu filho doido ficou Na loja, bem destemido Assim que ela saiu Em direção ao mercado Chegou um homem na loja Em um cavalo montado. Do cavalo desmontou Na loja entrou e olhou As caças que ali tinha Pegou uma calça bela Depois de olhar bem ela Achou muito bonitinha. Aí pediu ao doido para a calça embrulhar O doido embrulhou a calça Sem em nada reclamar Depois o homem olhou Para o doido e perguntou: - Quanto é a calça, rapaz? O doido lhe respondeu A calça, amigo meu, Custa quinhentos reais! E ainda disso ao homem De modo bastante bravo: - Essa calça é quinhentos Não tiro nenhum centavo Esse é o preço dela E só dou por quinhentos ela Porque é ao senhor Nem adianta pedir E nem também insistir Porque um menos eu não dou O homem disse: essa calça Tá cara até demais Esse preço não existe Tá muito alto rapaz! O preço da calça mata Eu quero é uma barata Você entendeu garoto O doido foi respondeu: Quer barata, amigo meu, - Vá pegar lá no esgoto!