Hoje eu acordei disposto A lavar o ruge do rosto Hoje eu abri a porta Dessa sela fria e morta Hoje chorei em cristais As dores ancestrais Pra que a luz distorcesse Da alma a escuridão E apagasse da memória Resquícios dessa prisão Mais os meus fantasmas Ainda rondam o portão Ainda rondam o portão Ainda rondam o portão Ah! Os meus fantasmas Hoje reguei o jardim As flores murchas e o capim Hoje acenei aos Deuses As nuvens caíram do céu Carregadas de alusões Palavras e orações Espalhadas sobre a mesa Junto ao vinho e a incerteza Que trás nos passos o pó Da duvida e do medo De só haver no homem Paz e desespero Paz e desespero Paz e desespero Ah! São só fantasmas