Tem festa na aldeia Farofa na areia A pajelança sob o olhar de Guaraci Flecha que incendeia, bota fogo A chapa esquenta à espera de jaci Cunhaporanga, garota do rio Num doce balanço De tirar o cocar Encanta o maracanã festeiro Sob o velho cajueiro Tem dança, cauim, maracá No meio desse auê (auê, auê!) Um curumim passou a visão Espelho d’água se abriu Já serenou, partiu! Se a maré ajudar São 13 canoas no mar Foi tupã quem mandou Remar pro lado de lá E, de repente Terra à vista: Euroca! Desce a birita Traz a erva pra curar Ao ver um nativo Falei oi sumido Soprei meu cachimbo E a marola pôs o homem a pensar Valeu, meu irmão! Por chegar de peito aberto E saber fechar com o certo Respeitando meu quintal Todo mundo vestido? Mas que censura! Roupas pro alto pra brincar o carnaval! Quando o tambor tocar Quebra até o chão Samba de ladinho Vem pro batidão De alma leve e corpo quente É carioca, é São Clemente!