Acorde partideiro sem igual Nascia então, um samba do seu jeito Reluz feito Candeia, imortal O compositor, sambista perfeito Levada de tantam, banjo e repique Poesia de um Cacique, malandragem deu lição Inspiraçao de ventre ancestral O dueto, a patente vem do fundo do quintal Na boêmia, no subúrbio, na viela O seu nome é favela Madureira Dagô, Dagô Saravá, Obá kaô O brado que traz justiça, faz a vida recompor Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar O show do artista vai continuar Morando nos sambas que você fez pra mim Imperiano sim! No verso que aflora Giram os sonhos da porta-bandeira O amor de Orfeu, melodia namora Serrinha é teu canto pra vida inteira Dagô, Dagô é a Lua de aruanda A espada é de guerra e Ogum vence demanda Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar Receba a gratidão Reizinho desse chão, aqui é o teu lugar Uma porção de fé O filho do verde esperança nos conduz Zambi da Coroa Imperial Abiaxé, Arlindo Cruz Firma na palma da mão, tem alujá e agogô Imperio Serrano falange de Jorge no oxê de Xangô Laroyê Epa Babá Há de roncar meu tambor O verso de Arlindo, poema infindo, morada do amor