Me fiz emi caminheiro Fiel mensageiro, Orunmilá eu sou! Chamei o senhor do itinerário E vesti meu ideário Na poeira se alastrou Logo eu que forjei o amanhã Na floresta de nanã mascarados a dançar Assentei meu saber na sua fé No Aiyê de Geledés, no feitiço de Iyá Eu segui essa banda É alafi, sambará Maleme ê, ô maleme á Quando Alafin bradou a justiça de Oyó Alujá roncou axé, no inimigo deu um nó Quando Alafin bradou, Egungum rodopiou Ebomim girou a saia, Ayeyê de iaô Nas aldeias de marfim os sagrados rituais Pelos nossos ancestrais, uma África em fúria Prevalente no mercado, o destino separado E a lágrima de dor se transforma em bravura Aos nossos filhos, herdeiros de Luanda De Angola e Matamba, chama de aluvaiá Sou a revolta que não tema a demanda Liberdade em Aruanda é palavra deferida Levo o axé dos meus ensinamentos Pro futuro que se preza Hoje a profecia é cumprida Irin ajó emi ojisé, Odara! Irin ajó emi ojisé, Ewá! Meu gavião vai ao encontro do Orum Que na casa de ogum, é tempo de alafiar