Dos arrabaldes do povo há um rancho de alma e capim É légua e tanto de espera que separa ela de mim Uma rodilha de estância meu baio ao tranco por nada Ainda se assusta da sombra se um auto cruza na estrada Avisto ao longe o povoado, aperto a cincha e me ajeito Estampa e alma fronteira, e uma saudade no peito No fim da rua quem chega? avisto os olhos da linda E o baio nem masca o freio, mas sabe dar as boas vindas Casinha branca no alto, muro de pedra e cancela Uma roseira de espinhos e outra flor na janela Chinita de olhar de estrela, perfume d´água florida Vestido branco de renda e um riso de toda vida Chinita de olhar de estrela e um riso de toda vida Me da vontade um dia roubar-te um beijo num mate Saber do teu coração se ainda é por mim que ele bate Pois meu ranchito posteiro, pedaço meu deste pago Sombreado de cinamomos tem esperanças que trago E espera ver num domingo ganhar à tarde em regalos E ver-te assim de chegada na anca do meu cavalo E assim florir primaveras na mesma espera e depois Bolear a noite e perder-se num rancho feito pra dois Casinha branca no alto, muro de pedra e cancela Uma roseira de espinhos e outra flor na janela Chinita de olhar de estrela, perfume d´água florida Vestido branco de renda e um riso de toda vida Chinita de olhar de estrela e um riso de toda vida