Se disse cadente uma flor renascente com brancos na imagem Ao céu deu adeus, semente de deus que cai na paisagem A terra vigora nutrindo esperanças de quem quer ficar Criando uma estrela pequena, matreira que sonha em brilhar Candeeiro da estrada em meio à manada ninguém a conhece Pavio da mãe dalva que acende as centelha nas rondas de prece Prendida ao fiador se amansando aos poucos no val dos caminhos Pasteja no chão visitando o aço da estrela de espinhos Existe uma estela que poucos enxergam Aponta o caminho mais certo a seguir Existe uma estela tão perto da gente É quem nos norteia e nos faz sorrir Por isso uma estrela se disse madrinha Exemplo de rumo pra quem sabe ver Pois quem enxergar mais alem de seus olhos Por certo uma estrela madrinha há de ter Estrela do campo essa fêmea madura clareando os andantes Enfeitando rumos sorvendo o sereno de luas amantes Refaz o seu brilho abrindo distancias não anda sozinha Sinuela da noite, florão sobre a testa da égua madrinha Se disse madrinha uma estrela genuína de alma sinuela É luz de outra vida que nasce nos olhos de quem merecê-la Cadente flor rara tem voz de silêncio por tantas jornadas Presença discreta certeza de rumo no céu das estradas