Hoje eu vi um passarinho, tão bonito preso em uma gaiola. Mais belo era o seu canto afinado que ele entoava a todo instante para passar a hora. Por um momento percebi que o seu canto era como se fosse um desabavo de quem por dentro chora. Ah! Doce liberdade vivida outrora. Pobre passarinho poderia estar voando pelos campos afora. Pobre de mim, pobre de mim.. Que ouvindo a sua melodia triste, a saudade me invade e se aflora. Meu amigo passarinho eu também sou um prisioneiro, cárcere de um destino ingrato um pouco diferente do seu vivido agora. Desiludido, vago pelo mundo, tentando esquecer um grande amor que foi-se embora.