Quem for chorar nas profundezas do próprio mar Deve assistir como uma gota só de existir Excita o caos E as águas calmas transbordam o cais Do nada tudo é mais Quando espelhar numa vidraça a imagem de cá Mal vai se ver daquilo que vai transparecer Se a luz virar a sombra muda de lugar fugaz E o nada vira mais A noção difusa A paixão mais obtusa A palavra intrusa a conduta que se escusa As coisas menos óbvias e normais Revelam sempre mais Quantas canções serão lançadas como balões? Do alto do céu são feitos luzes de uma carrossel Quando vão ao chão são versos ateando o escarcel Cumprindo seu papel A noção difusa A paixão mais obtusa A palavra intrusa a conduta que se esclusa As coisas menos óbvias e normais Revelam sempre mais Qual o prazer? Que quando impresso numa TV Não causará algum desejo por trás do olhar Mas se toca a mão o corpo se desprende da visão Dá luz ao coração O corpo se desprende da visão Dá luz ao coração