Pierre Simões

Estâncias

Pierre Simões


Tom: E

E                     D#º
Quando à tardinha rumorejam brisas
   C#m      C#m/B      F#/A#
Roubando o aroma das agrestes flores
   A      B/A          G#m   C#m
E doce e grave, nas viçosas matas
      A#º           D         D/C
Mais triste canto o sabiá desata
     Bb
Eu lembro-me de ti!
    Bm                         Gm
Eu lembro-me de ti, por que tu’alma
     Gm/F        Eb            Cm
É o sol de minh’alma e de meu gênio
         F                      D
E neste exílio que infernal me cerca
         Em         Em/D    C7M
Mísera planta, desfaleço e morro
         Am                  B
Ao frio toque de hibernal geada!

E                     D#º
Quando das franjas do Ocidente róseo
   C#m      C#m/B         F#/A#
Um raio ainda me clareia o cárcere
     A    B/A        G#m     C#m
E um tom suave de tristeza e luzes
   A#º            D          D/C
Mistura o dia à palidez da noite
      Bb
Eu lembro-me de ti!
     Bm                         Gm
Eu lembro-me de ti, porque teu seio
      Gm/f   b               Cm
Guarda um tesouro de piedade santa
           F                    D
E nesse instante que o pesar duplica
              Em           Em/D    C7M
Faltam-me as vozes de teus lábios meigos
           Am                  B
E o doce orvalho de amorosos olhos!

E            D                   A
Ai! tudo os homens entre nós quebraram
           E                  B
A paz, o riso, as esperanças áureas
E            D                    A
Mas de teu peito me arrancar não podem
           E                   B
Nem a minh’alma desprender da tua!
                 E  C
Eu lembro-me de ti!

F            Eb                  Bb
Ai! tudo os homens entre nós quebraram
           F                  C
A paz, o riso, as esperanças áureas
F            Eb                    Bb
Mas de teu peito me arrancar não podem
           F                   C
Nem a minh’alma desprender da tua!
                 F  Bb  F
Eu lembro-me de ti!