São muitos que se vão Sem que amanheça um novo dia Um solto, um começo Cilada a vida Sorria ao sair da mesa Mal se virou e Algo lhe abre os braços Querendo tocar o Céu Nas mãos, o sal da terra A luz do Mundo São muitos que se vão Sem que amanheça um novo dia Portas separam sonhos Sociedade Se num instante desaba Não morre a luta São muitos que se vão Sem que amanheça um novo dia Jorge, 35 anos Agricultor do Movimento Sem Terra Foi morto por latifundiários Seus assassinos encontram-se desaparecidos Ana, 25 anos Manicure, transexual Foi morta por homofóbicos Seus assassinos encontram-se desaparecidos Célio, 53 anos Pintor Ex-morador de rua Sobrevive!