Olhares estranhos não me atingem mais Eu pego um atalho pra casa e não volto Refaço os meus planos da vida no meu quarto Recolho as memórias do canto e descarto Até me parecer certo E a sorte olhar pra mim De coração aberto Pra quem me disser sim Até me parecer certo E a sorte olhar pra mim Meu corpo todo mais quieto Pra quem me quiser As ruas escuras não me assustam mais Eu corro descalço e pra trás eu não olho Eu salto por cima dos muros e portões Decoro o caminho de volta pra casa Até me parecer certo E a sorte olhar pra mim De coração aberto Pra quem me disser sim Até me parecer certo E a sorte olhar pra mim Meu corpo todo mais quieto Pra quem me quiser